sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

III Encontro das Feministas Autónomas da Galiza

O Sábado 13 de Dezembro 2014 tivo lugar o III Encontro do Feminismo Autónomo da Galiza.
O tema central foi "Experiências: Como sentimos, como vivemos, como fazemos feminismos”.

A Jornada foi organizada polas companheiras de Ourense na
Pousada de Juventude Equal 
 http://www.centroequal.com/ em Barra, no concello de Coles (Ourense)

[Mais detalhes sobre as características da Pousada e sobre as despesas podem-se ler neste documento em anexo:
https://drive.google.com/file/d/0B8nFiMClBZMld0hzV1ItZ0Q4cTg/view?usp=sharing].





A continuaçom presentamos um resumo do encontro com fotos. [O documento enteiro, listo para impressom, pode-se descargar nesta ligaçom: https://drive.google.com/file/d/0B8nFiMClBZMlMFJsTWdveGtzZXM/view?usp=sharing ]




APRESENTAÇOM ENCONTRO (facilitado por Natália)

As companheiras de Ourense encargarom-se da logística do Encontro, uma fermosa casa entre árvores e prados, e abrem ao grupo a agenda a tratar. 

CHUIVA DE IDEAS (facilitada por Mai)
a) Amores e Desamores nos Feminismos
-Trabalho interno vs. Estratégias externas. Som incompatíveis?
-Ideia dum Manual Feminista
-A problemática do grupo minguante. Que há debaixo? O conflito sem nome.
-Feminismo Autónomo...demasiado autónomo? Necessidade dumas mínimas estruturas, periocidade, número de participantes...
-Ferramentas concretas para o autocuidado, gestiom emocional, confiança, gestiom de conflitos...
-Somos as primeiras? Quem escreve as histórias das mulheres? Que sabemos?




b) Debate específico: Visibilizaçom do trabalho interno (para/entre feministas) vs trabalho externo (para/com outras feministas/nom-feministas)

Trabalho interno
-Definir feminismo autónomo
-Auto-cuidado
-Ponher em valor as nossas próprias experiências/histórias
-Ferramentas para o feminismo do dia a dia
-E as novas feministas? E as outras feministas?
-Limitações/Liberações das nom-estruturas, dos micro-colectivos, da acçom individual

Trabalho externo
-Sair do armário feminista. Viver como uma feminista.
-Quem aparece nos médios a falar de feminismo? Por que nom nós?
-Feministizaçom nos espaços mixtos. Como fazê-lo e estar bem?
-Feministas em alternativas políticas? Canditaturas cidadãs, partidos feministas...
-E as outras mulheres? Como superar o anti-feminismo? Como criar espaços comuns?






WORLD CAFÉ/CAFÉ DIÂLOGO – ESPAÇO DE INDAGAÇOM (facilitado por Lara, Giada, Natália, Nuria e Mariola)

Escolherom-se temas a tratar em mais profundidade da chuvia de ideas anterior.

MESA: MANUAL FEMINISTA (Lara)
-Crear protocolos (non ríxidos) para a benvida, acompañamento e despedida das compas.
-Estructurar a participación das novas compas (non meter no grupo de difusión sen un contexto previo e unha cara amiga que explique o mellor possíbel o que imos facendo, dinámica de presentación, explicitar a confidencialidade, incidir en crear un espazo de
seguridade).
-Identificar, concretar e condividir tarefas de forma rotatoria. Equilibrio entre responsabilidade/compromiso/límites personais da militancia activa.
-Situar o coidado mutuo como centro da rede de mulleres para crear una especie de estructura non ríxida que sirva de cohesión e sexa un rastro das accións que saian.

MESA: EXPERIÊNCIAS EM GRUPOS DE ACTIVISMO FEMINISTA (Natália)

-Falta de cuidados de cara às companheiras do grupo. Fazer do grupo um espazo seguro e de confianza, de bom trato, onde se podam partilhar preocupações mas também alegrias como forma de empoderamento ao ver-se reconhecidas nas demais. Falta um protocolo de acolhimento para as novas incorporações.
-Aprender a criar novas formas de autogestão econômica.
-Criar canles de comunicação com o exterior.
-Analisar e ter presentes os roles e dinâmicas internas que se dão nos grupos para evitar a falta de acordos democráticos reais e a falta de asunção de responsabilidades.
-Trabalhar a idéia de ver os grupos feministas como estruturas fechadas e imóveis que só nos levam a pelexar entre nós em vez de enfrentar o “inimigo” comum.

MESA: DEFINIOM DE FEMINISMO AUTÓNOMO: PORQUE AUTÓNOMO? EM RELAÇOM A QUE? (Nuria)

-Um feminismo com uma agenda própria e diversa que responda às nossas vontades e necessidades, de jeito mais permanente.
-Um espaço de apoio e cuidados, comunitário e de supervivencia coletiva.
-Um feminismo do público e do privado, que permita viver económica e emocionalmente com base em novos jeitos de fazer: acolhendo a diversidade, cuestionando as estruturas internas e abordando o conflito.
-Um feminismo com capacidade de gerar conteúdos próprios e que ao mesmo tempo se poida articular com outras luitas.

MESA: A “FEMINISTIZAÇOM” OU “COMO LEVAR O FEMINISMO FORA DOS ÂMBITOS FEMINISTAS” (Giada)
-Escolher, na medida do possível e considerando as circunstancias, umha maneira assertiva e positiva na aproximaçom e comunicaçom.
-Preferir grupos pequenos com os quais poder trabalhar a médio-longo prazo e gerar um efeito dominó.
-Ter como prioridade o auto-coidado e como referência as redes de apoio entre mulheres.
-Decidir a oportunidade (ou menos) de trabalhar com grupos mistos e, em caso afirmativo, propor formaçom específica para que os companheiros destes grupos compartilhem responsabilidades e obrigas, além da boa reputaçom feminista.

MESA: FERRAMENTAS PARA A SUPERVIVÊNCIA COLECTIVA “AS FERRAMENTAS SOMOS NÓS” (Mariola)

-Naturalizar a mortalidade dos grupos para podermos iniciar com saude novos grupos/iniciativas.
-Que a colectividade seja algo que nos sirva para dar resposta as nossas necesidades vitais.
-Estabelecer uns acordos mínimos de compromiso co colectivo e distribución de tarefas.
-Que haja espaços e tempos diferenciados para o cuidado consciente, a criaçom, a açom, reflexom, emoçom... para dar cabida à diversidade dentro do grupo.

Palavras chave: DIVERSIDADE – COIDADOS – ACOLHEMENTO – COMPROMISSO –
ESTRUTURAS – AGENDA – APOIO – NECESSIDADES – TAREFAS – REDE –
COMUNICAÇOM – EXTERIOR – MORTALIDADE – ECONOMIAS





TENTATIVA DE FECHE (facilitada inicialmente por Mariola e depois colectivamente)

Entramos numa dinâmica algo cargante para tomar decissões sobre tarefas a fazer para o próximo encontro. Abandona-se a facilitaçom e falamos de como nos estamos a sentir: cansadas, confussas, com dúvidas, pressionadas...Portanto, decidimos finalizar e ficar com todo o falado e com as boas energias do encontro.



Propostas que se poderiam desenvolver no/nos proximo/s encontro/s:

-Próximo encontro nas Marinhas lucenses. Precisaria-se definir melhor o que som os encontros, o formato, os requerimentos logísticos para confirmar com as companheiras de aló.

-Próximo encontro em Vigo. Ainda por confirmar disponibilidade final, datas, formato, temática a tratar, lugar, etc.

-Dacordo cos 3 primeiros encontros a periocidade é de 4-5 meses. O seguinte poderia ser em Avril-Maio.

-Trabalhar no Manual Feminista. Determinar quem se encarrega e como.

-Gestionar o espaço das Jornadas de Autoformaçom Feminista em contraste com os Encontros de Feministas Autónomas. A realizar, em principio, polas mulheres que têm
vínculos com as jornadas.
-Definir um formato de encontro que responda às nossas necessidades e disponibilidade de tempo, dinheiro e energias. Cómo? Quen? Quando?
-Temática do próximo encontro ainda por determinar.



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