sexta-feira, 29 de abril de 2016

Visibilizarmo-nos para transformar o mundo.

Da organizaçom dos IV Encontros de Feministas Autônomas decidimos seguir o conselho duma das mulheres que assistirom á ultima juntança em Vigo e divulgar maciçamente as conclussões do trabalho feito durante esse dia, em particular o trabalho da manhã.
Consideramos imprescindível seguir as nossas próprias propostas e visibilizarmo-nos a nós mesmas e o nosso argumentário, polo que encorajamos a todas a divulgar o seguinte documento em todos os médios possíveis. Sentide-vos`à vontade de enviar à prensa, organizações sociais, de entrimento, políticas, desportivas... a amigas e amigos, aquém e além do mar, que cheguem a todos os cantinhos do mundo.
Sõ valorizando-nos e compartilhando a nossa riqueza com o mundo será que o poderemos transformar.

Obrigadas a todas por construirmos juntas!

Organizaçom IV Encontro Feministas Autônomas de Vigo



Caras/caros,

Pregámoslles divulgación do seguinte comunicado en nome do movimento de feministas autónomas da Galiza.
No pasado 20 de Febreiro de 2016 tiveron lugar os IV Encontro de Feministas Autónomas en Vigo co tema “Contra as violências machistas, iniciativas feministas”. Este é o cuarto dunha serie de encontros que se levan a celebrar nos últimos anos e que pretenden ser espazos de coñecemento, reflexión,  construcción de estratexias e alternativas políticas feministas para vivir mellor no día a día tanto no ámbito privado como no público.
Nesta convocatoria realizou-se unha dinámica de participación social chamada “Café Diálogo” no que as 50 persoas, maioritariamente mulleres, que participamos nela concluímos o seguinte:
1)      A maior violencia machista que sofremos na actualidade é a negación sistemática (por parte do Estado, medios de comunicación, movementos sociais e sociedade en xeral) da existencia dunha estrutura patriarcal que asigna roles de xénero imutables e represores da diversidade de identidades sexuais, culturais e políticas que realmente existe na sociedade. Un sistema que culpabiliza, autolimita, e invisibiliza particularmente ás mulleres, impedíndonos mesmo recoñecer e denunciar con claridade que o malestar que sentimos, sea cal for a súa intensidade, é violencia.
2)      A pesar do traballo feito polo feminismo e as mulleres a nivel individual ao longo da historia e en ámbitos diversos (política, cultura, saúde, activismo, etc), non sentimos, neste momento, que teñamos claras aliadas alén de nós propias e o movemento feminista.
3)      Frente a esta situación precisamos:
a.       Visibilizar de xeito transversal as violencias machistas en toda a sua dimensión, sendo nós quen definamos o que é violencia machista.
b.       Auto-organizármonos en grupos de apoio por afinidade, localidade, etc, para traballar do individual ao colectivo na toma de conciencia, educación autoestima, acción política e coidados.
c.       Tecer redes seguras e autónomas para criar estratexias e ferramentas feministas integrais, tanto na economía e praxe como no pensamento.
d.       Asumir os nosos direitos e exercelos aqui e agora a través da acción directa, autodefensa e toma de espazos de poder.

Realizouse tamén durante este IV Encontro de Feministas Autónomas a Feira de Proxectos de Vida onde se evidenciou a riqueza, forza e enerxía que temos as mulleres para dinamizarnos a nós mesmas e á sociedade. Houbo proxectos de arte, economía, vivenda, xestión, cultura, alimentación, artesanía, radio, publicacións, sexoloxía, roupa, educación e crianzas, accións e identidade sexual, etc. Foi un primeiro paso cara a visibilización do noso potencial transformador e e materialización de iniciativas que nos sitúen nun novo camiño de construcción de vidas feministas.
Para mais información sobre este e pasados encontros poden consultar o noso blogue feministasautonomasgaliza@blogspot.com






sábado, 5 de março de 2016

"Contra as Violências Machistas, Iniciativas Feministas": Conclussões IV Encontro Feministas Autónomas, Vigo, 2016

Resultados do IV Encontro de Feministas Autônomas

“Contra as Violências Machistas, Iniciativas Feministas”

Bairro de Teis, Vigo - 20 de Fevereiro 2016


Adicionar legenda
               



Café Diâlogo: Contra as Violências Machistas

1) Que som as violências machistas? (para mim, para a minha família/comunidade, para a sociedade...)

A palavra que maioritariamente descreve o que som as violências machistas para as mulheres neste encontro é INVISIBILIZAÇOM. A negaçóm dos privilégios, poder de controlo, invasóm e imposiçóm outorgados aos homens sobre as mulheres.
A negaçóm da existência duma estrutura patriarcal que assigna roles de género difíceis de derrubar e que ingere nas mulheres um sentimento de culpa e autolimitaçóm que nos impede reconhecer e comunicar com claridade que o malestar que sentimos é violência.

2) Que aliadas/os temos? (pessoas, coletivos, instituições...)

Neste momento, ainda, nom sentimos que tenhamos claras aliadas além de nós próprias e o movimento feminista.
Debates e novas perguntas que surgem:
  1. Reconhece-se a necessidade da presença das diversidades/identidades múltiplas do feminismo (ILGTBQI). Por que nom participam em encontros como estes? Por que nom se sentem chamadas a participar neles?
  2. Sugere-se criar/considerar alianças com pessoas individuais com consciência feminista no nosso âmbito afetivo (comunidade, família, homens…), no ativista (outros movimentos sociais) e no institucional (mulheres feministas). Som aliadas? Como o fazemos?
  3. Relações com as instituições, cos municípios… apoderar-se delas? Utilizar os seus recursos (quando há mulheres feministas nelas)? Determinar relações autónomas com elas?

3) Como combate-las? (coletivamente, individualmente...)

Precisamos pois visibilizar de jeito transversal as violências machistas em toda a sua dimensóm trabalhando do individual ao coletivo na toma de consciência, educaçóm, cuidados, autoestima e auto-organizaçóm.
Precisamos tecer redes seguras e autónomas caras a criaçóm e consolidaçóm de estratégias e ferramentas feministas (económicas, de debate, pensamento, integrais)
Precisamos de acçóm e toma de espaços de poder onde nós decidamos os limites e níveis de tolerância que lhe imos dar a nossa resposta coletiva.



Debates a novas perguntas que surgem:

1. Poder eleger, se queremos vitimizaçóm ou empoderamento.

2. Direito a ser mais violentas, á demonizaçom por sermos mais violentas.
3. Rachar coa culpa
4. Ocupar lugares de poder
5. Respeito a nós mesmas e às mulheres que denunciam violência.
6. Coragem e nom ter medo.


4) Qual seria o seguinte passo?


Os passos a seguir que saíram forom:

  1. Auto-organizaçóm: Organizar-se em grupos de apoio mútuo onde adquirir formaçóm, acompanhar processos, procurar respostas e fazer trabalho emocional e intelectual.
  2. Redes: Criar, alimentar e cuidar redes feministas onde poder falarmos, encontrarmo-nos e fazer trabalho e visom integral.
  3. Acçom direta: Trabalhar a autodefesa e outras ferramentas feministas (autoestima, raiva…). Assumir os nossos direitos e exerce-los aqui e agora. Fazer a revoluçóm já!

Outras ideias a desenvolver:

  • Adaptar os espaços públicos às nossas necessidades.
  • Permitir os processos lentos
  • Direito á demonizaçóm. O direito a reagir, a agredir.
  • Definir protocolos/ações específicas conjuntas (qual é a violência, número de medidas específicas...)
  • Ocupar espaços de poder
  • Compromisso vital com a luita feminista.


Colóquio

  • Uma das organizadoras do evento manifestou a sua preocupaçóm porque nom houvesse gente queer, votou em falta mais diversidade e manifestou a sua preocupaçóm por esta singularidade e porque estes coletivos nom se sentissem representados.
  • Á pregunta de que fazer, que propostas há cima da mesa para trabalhar o tema das violências machistas, várias participantes manifestaram que se tinha perdido o ativismo. Falou-se também do labor pedagógico e a influência da comunicaçóm virtual.
  • Há uma necessidade de compartir o que se está a fazer porque detecta-se uma desconexom dentro do feminismo, nom há conexom dos distintos feminismos segundo o território.
  • A resposta de que está a falhar, falou-se da vergonha, do reconhecimento “a nós mesmas” resulta-nos dificil.
  • Necessidade de mulheres feministas nas instituições.
  • Muita necessidade dum grupo de apoio, dum ativismo coletivo além das instituições. O tema dos afeitos, do apoio, está no limbo. Falta sentir esse apoio das instituições e supli-lo com outra cousa.
  • Necessidade de autocrítica, criar grupos mais próximos. Tema do facebook nom vale para toda a povoaçom, criar um grupo de mulheres.
  • Necessidade dum lugar físico e real onde poder contar o que está a passar porque sem respaldo nom há força.
  • Criar um lugar físico e uma estrutura clara, necessidade de protocolos
  • Reconhecimento das limitações pessoais, o compromisso, quanto estamos dispostas a implicarmo-nos.


Grupos de Apoio


Debate comum no final da atividade

Há um sentimento de frustraçom e raiva eminente. Mulheres qualificadas de diversos jeitos com projetos e iniciativas feministas que poderiam transformar a sociedade mas sem recursos económicos e com barreiras institucionais, sociais, familiares que lhes impedem pô-los em prática. E o tempo continua a passar sem podermos fazer nada e outros projetos sem perspetiva feminista transformadora ocupam o lugar dos nossos.

Diferenciar entre precariedade, estar com a agua ao pescoço, mas poder cobrir o básico,
e estado ruinoso, quando conseguir o básico é uma odisseia… si é que se consegue.

Precisamos valorizar o nosso trabalho do mesmo jeito em que o fazem os homens, que se sentem satisfeitos economicamente, socialmente e emocionalmente. Temos de reivindicar os nossos direitos para poder estar também satisfeitas plenamente, sem culpabilidade e continua frustraçom. Assim poderemos estar em condições para o ativismo. Se eu nom sou quem de me empoderar na mina vida, como vou ajudar a outras mulheres?

Mudar o paradigma. Determinar que é realmente o básico do que precisamos. Nom somos nós mas o sistema que nos diz o que precisamos. Que aconteceria se fossemos nós as que decidíramos quais som as necessidades principais que temos de cobrir?

Duas linhas e as suas inter-relações a explorar mais profundamente no futuro:
Reivindicar os nossos direitos dentro do sistema, imprescindível para o aqui e agora vs Mudar o paradigma capitalista e criar o nosso próprio sistema autónomo?




  • sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

    IV Encontro Feministas Autónomas "Contra as violências machistas, iniciativas feministas", Vigo 2016




    Com muito prazer e ilussom queremos convidar-vos ao IV Encontro de Feministas Autónomas que terá lugar o sábado 20 de Fevereiro no Centro Cívico de Teis em Vigo (Caminho Maceiras, 2), que com o título "Contra as violências machistas, iniciativas feministas"estará focado na reflexom, compartilha de experiências e construçom de alternativas que tirem das nossas costas a tristeza, dor e impotência que muitas vezes sentimos ao lidar com agressões de maior ou menor intensidade no dia a dia.

    A jornada constará duma parte de acolhimento e reflexom em grupos durante a manhá "Desvelando violências: evidentes, invisíveis, estruturais". No pavilhom do centro estará disposto um jantar popular a 5€ (reserva necessária), e depois da comida na Feira de Projetos poderemos conhecer iniciativas diversas onde o feminismo e as mulheres estam no mesminho centro. Teremos tamém a oportunidade de organizar nos Grupos de Apoio improvisadas consultoras feministas utilizando as ferramentas mais poderosas que temos, nós mesmas. As Ghatas Salvaxes concluirám o dia no centro cívico coa apreparaçom duma açom de rua que se representará mais tarde na Cidade Velha (21h aprox). Um descansinho para cear e recuperar forças e celebrarmos o feminismo, as mulheres e a alegria do bom viver na festa fim de jornada no bar Plaff às 23h com a música frenêtica e transqueerfeminista de Electroqueer DJ.


    Para ajudarmo-nos a organizar a logística do Encontro vos agradecíamos que preencherades este formulário o antes possível http://goo.gl/forms/XzbVJSj4z4 , especialmente se queredes comer connosco e/ou precisades de espaço para crianças. Se tedes um projeto ou ideia com a que queirades participar na Feira de Projetos escrivide diretamente a encontrosfeministasgaliza@gmail.com


    Para mais informaçom sobre este e anteriores encontros, programaçom, projetos participantes na Feira e últimas novas visitade o nosso blogue feministasautonomasgaliza.blogspot.com



    Contamos convosco!

    PROGRAMA DO IV ENCONTRO


    10h – 10.30h – Acolhimento e bem-vinda
    Chegada, aquecimento e apresentaçom do IV Encontro
    10.30h - 13h – Desvelando violências: evidentes, invisíveis, estruturais.
    Espaço de confiança para debater, investigar, reconhecer, trabalhar e reflectir nas diferentes expressons de violência.
    13h-15h Jantar no Pavilhom [perto do Centro Cívico de Teis]
    Menu: empada e lentelhas!* Preço: 5€
    * As bebidas nom estám incluídas. Pedimos que cada umha leve de beber, além de prato e garfo/colher!
    15h-17.30h Feira de Projetos Feministas
    Troca de experiências e projetos de vida. Traz fotos, brochuras, opúsculos, objetos, amostras de material… todo e mais é bom para fazeres conhecer ao mundo a tua prática feminista!
    17.30h-18.30h Grupos de Apoio de Iniciativas ou Comparte Emocional para avançar
    Dous espaços disponíveis. Um de trabalho grupal para esclarecer dúvidas e compartilhar iniciativas, e o outro de expressom e gestiom emocional.
    18.30h- 19.30h Açom Feminista na rua – com Ghatas Salvaxes
    Preparaçom em grupo da Açom na rua.
    19.30h – 20.30h Conclusom do Encontro e… arrumaçom do espaço.

    21.00h (+/-)               ****Açom Feminista no Cidade Velha de Vigo****
    23.00h Festa no Café Plaff com DJ Electroqueer!

    - Programa detalhado no facebook: Encontros Feministas Autónomas Galiza e no blogue:feministasautonomasgaliza.blogspot.com


    - Para participar no encontro envia email a: encontrosfeministasgaliza@gmail.com
    - Para apresentar projetos na Feira: manda-nos um correio-e com teu nome/nomes (das integrantes do projeto), título da iniciativa, descriçom da atividade, contacto (email/telefone) e blogue/site/facebook (se tens/tendes).
     

    segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

    TODAS À FEIRA!


    Durante o IV Encontro das Feministas Autónomas “Contra as violências machistas, iniciativas feministas” teremos um espaço para os nossos projetos, atividades e empresas feministas, forem estes sociais, pessoais ou laborais: tanto os que estamos a idear como os que estamos a pôr em prática já.
     
    Desta maneira, daremos a conhecer o nosso trabalho, teceremos redes com companheiras e afiançaremos vínculos! O feminismo difunde-se e penetra no dia-a-dia graças a projetos individuais e coletivos de cada umha de nós.


    Vem à Feira de Projetos Feministas: fotos, brochuras, opúsculos, objetos, amostras de material, descontraídas conversas… todo e mais é bom para fazeres conhecer ao mundo a tua prática feminista!


    Escreve para: encontrosfeministasgaliza@gmail.com dando o o teu nome/nomes (das integrantes do projeto), nome ou título da iniciativa, breve descripçom da atividade, contacto (email, telefone...) e blogue/site/facebook (se tens/tedes).
    Esperamos-te!